DESAFIO DO GELO AUMENTOU A EVIDÊNCIA DA ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA (ELA): ESCLAREÇA SUAS DÚVIDAS SOBRE A DOENÇA

03/09/2014 16:08

Nas últimas semanas temos assistido diversas celebridades, entre elas modelos, atletas, apresentadores de programas de TV, atrizes e atores aderindo ao desafio do balde de gelo.

Da Redação

Nas últimas semanas temos assistido diversas celebridades, entre elas modelos, atletas, apresentadores de programas de TV, atrizes e atores aderindo ao desafio do balde de gelo. Chamada de "ALS Ice Bucket Challenge", a iniciativa chamou atenção para a esclerose lateral amiotrófica, conhecida no Brasil como ELA.

Estima-se que só na semana retrasada, mais de 28 milhões de pessoas postaram, comentaram e curtiram o assunto nas redes sociais e mais de 2 milhões de vídeos foram compartilhados. O desafio já arrecadou mais de US$ 100 milhões no mundo todo, no Brasil a estimativa é de mais de R$ 400 mil. Mas, você sabe que doença é essa que movimentou as redes sociais nas últimas semanas?

Segundo o médico neurocirurgião Paulo Porto de Melo (CRM 94.048), médico formado pela UNIFESP e Colaborador do Departamento de Neurocirurgia da Universidade de Saint Louis (Missouri- EUA), introdutor e pioneiro da neurocirurgia robótica no Brasil, a ELA é um mal degenerativo também conhecido como doença de Lou Gehrig.

A DOENÇA

Essa doença, até então pouco conhecida, é degenerativa, evolutiva, irreversível, incurável, que leva à incapacidade motora progressiva. “Ela provoca uma incapacitação do sistema nervoso, devido à degeneração dos neurônios motores caracterizada por uma fraqueza muscular. Ela é relativamente rara, pois afeta 2 a cada 100.000 habitantes. Sendo em grande parte, mais frequente entre os homens do que entre as mulheres. A faixa etária mais acometida é entre 40 e 50 anos, mas pode ocorrer em outras idades”, informa o neurocirurgião.

De acordo com Melo, com a degeneração dos neurônios motores, o paciente evolui com fraqueza progressiva de rápida evolução, atrofia muscular, que é a perda de massa muscular e, posteriormente, ocorre um fenômeno chamado de fasciculações que são as pequenas contrações dentro do músculo. “Os sintomas evoluem gradativamente. Diante disso, atinge os membros, a fala, a deglutição e até mesmo a parte respiratória. Em média, a ELA tem uma evolução que leva o período de três a quatro anos”, informa o médico.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

A esclerose lateral amiotrófica é de difícil diagnóstico. Em grande parte dos casos é feita pela evolução dos sintomas e pelo exame minucioso do médico que irá definir a intensidade e o tipo da fraqueza. “O médico irá analisar se existem fasciculações ou não, como está a manutenção do sistema cognitivo, sensitivo e autonômico. Para identificar tais alterações é necessário alguns exames como ressonância magnética, eletroneuromiografia, exames de sangue, entre outros”, informa Paulo.

No caso do tratamento, ele é multidisciplinar. Como não existe uma cura para doença, no tratamento é feito o uso de medicamento Riluzol a fim de impedir a evolução da mesma e prolongar a vida, sendo de uso diário. “Também é necessário o trabalho fisioterápico, terapia ocupacional, fonoterapia, psicoterapia, nutricionistas, entre outros especialistas que sejam necessários na evolução da doença”, conclui Melo.

 

saci.org.br/index.php?modulo=akemi¶metro=41637

Voltar
Crie um site grátis Webnode